Foto: Guilherme Brum (Prefeitura)
Entre páginas folheadas, encontros e descobertas, a 52ª Feira do Livro de Santa Maria chegou ao fim, no sábado (6), celebrando o sucesso de público,de uma programação muito diversificada e de vendas. Em 16 dias de programação, foram vendidos 30,6 mil exemplares, consolidando a feira como um dos principais encontros literários a céu aberto da América Latina.
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Durante mais de duas semanas, a Praça Saldanha Marinho se transformou em um grande palco da literatura. Leitores de diferentes idades e perfis circularam diariamente entre bancas, sessões de autógrafos, apresentações artísticas e rodas de conversa.
O prefeito Rodrigo Decimo (PSD) afirmou que o resultado simboliza a consolidação da feira como referência:
— Ver a Praça Saldanha Marinho repleta de pessoas, com livros nas mãos e sorrisos nos rostos, é a nossa maior recompensa. A Feira do Livro é patrimônio de Santa Maria, e o sucesso desta edição, com recorde de vendas e a participação massiva da população, mostra que estamos no caminho certo ao promover e apoiar a cultura — avalia Decimo.
Inovação e participação
A programação desta edição foi marcada pela diversidade. Entre os destaques, a 1ª Maratona de Leitura chamou atenção pela criatividade ao unir literatura e esporte. Mais de 80 pessoas participaram da iniciativa, que percorreu o centro da cidade em uma corrida simbólica com pausas para leituras em voz alta.
Para a secretária de Cultura, Rose Carneiro, a novidade sintetizou o espírito da feira em 2025:
— Cada edição é única. Neste ano, o diferencial foi integrar cultura, educação e esporte em uma programação que dialoga com todas as idades. A Maratona de Leitura mostrou que cuidar do corpo e da mente também pode estar conectado ao ato de ler. Tivemos até crianças pequenas inscritas, o que reforça o caráter inclusivo da proposta — afirmou.
A secretária também ressaltou que o evento foi além da venda de livros, consolidando-se como um festival cultural:
— Tivemos mais de 50 espetáculos, contações de histórias, debates, rodas de conversa e atividades em diferentes espaços da cidade. A feira envolve escolas, bibliotecas, praças e instituições. É um movimento que ultrapassa a praça e se conecta com a ideia de uma cidade educadora — afirmou.
Cultura e economia criativa
Outro espaço que atraiu o público foi o Conecta Mercado Criativo, que reuniu empreendedores capacitados pelo projeto Economia Criativa 2025. Artesanato, design e produtos autorais dividiram espaço com a literatura, oferecendo uma experiência que integrou arte, inovação e desenvolvimento econômico.
A diversidade de atrações também se refletiu nos lançamentos: quase 260 obras apresentadas, com a participação de mais de 500 autores, muitos deles ligados a coletâneas escolares e projetos comunitários.
Organização e legado
A Feira do Livro é promovida pela prefeitura de Santa Maria, em parceria com instituições de ensino, entidades culturais e setor privado. O evento conta com patrocínios, apoio comunitário e financiamento via Lei de Incentivo à Cultura (LIC).
Com uma tradição que atravessa décadas, a Feira do Livro não apenas fomenta a leitura, mas também projeta Santa Maria no mapa cultural do país. Mais do que números, o evento deixa como legado o fortalecimento do vínculo entre literatura, educação e cidadania.